(testo in italiano)
Cada leitor, quando lê, lê a si mesmo. A sua obra não é apenas uma espécie de instrumento óptico oferecido ao leitor para permitir discernir o que, sem ela, não teria certamente visto em si mesmo.
(O tempo redescoberto - Marcel Proust)
Ogni lettore, quando legge, legge se stesso. L'opera dello scrittore è soltanto una specie di strumento ottico che egli offre al lettore per permettergli di discernere quello che, senza libro, non avrebbe forse visto in se stesso.
(da "Il tempo ritrovato" - Marcel Proust)
Introduzione:
Uno degli autori più interessante dell'ultra romanticismo è sicuramente Antonio de Castro Alves, nato a Bahia nel 1847, studia in Brasile e si impregna di ideali antischiavisti, battendosi per l’abolizione della schiavitù. La sua raccolta più importante è “Os Escravos”, nella quale si lamenta delle condizioni degli schiavi.
La sua produzione ha quindi un carattere sociale importante, non presente nel romanticismo. Dedica inoltre una poesia molto lunga agli schiavi, intitolata “O Navío Negreiro”, dove l’autore ci fa avvicinare al dramma degli schiavi. Nella poesia, Alves si immedesima e parla del trasporto degli schiavi stipati nella nave. Viene quindi invocato un albatros come simbolo di libertà.
O Navio Negreiro - Antônio de Castro Alves
Versione in portoghese Video-audio del poema in lingua originale qui
I
‘Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
‘Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
‘Stamos em pleno mar... Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem feliz quem ali pode nest’hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai! esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia.
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
Por que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz! Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço!
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir...
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu!...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d’amarguras!
É canto funeral!... Que tétricas figuras!...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No entanto o capitão manda a manobra,
E após, fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
“Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!...”
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas,
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são?...Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão...
São mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N’alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois, o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p’ra não mais s’erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d’amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm’lo de maldade,
Nem são livres p’ra morrer..
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas,
Do teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P’ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais!... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
[1868]
Video-audio del poema in lingua originale qui
TRADUÇÃO DE/ TRADUZIONE DI: EMILIO CAPACCIO
La nave negriera
I
Stiamo in pieno mare, folle nello spazio
giocherella il lunare - dorata farfalla;
e dietro ad esso corrono le onde…si stancano
come torba inquieta d’infanti.
Stiamo in pieno mare…Del firmamento
gli astri saltellano come spume d’oro…
Il mare in cambio accende le fosforescenze
- costellazioni di liquido tesoro…
Stiamo in pieno mare…Due infiniti
là si stringono in un abbraccio insano,
azzurri, dorati, placidi, sublimi…
Quali dei due è il cielo? Quale l’oceano?…
Stiamo in pieno mare…Aprendo le vele
al caldo affanno delle vibrazioni marine,
il veliero brigantino corre sulla flora dei mari,
come frusciano le rondini nell’onda…
Da dove vieni? Dove vai? Chi conosce la rotta
delle navi erranti se così grande è lo spazio?
In questo Sahara i corsieri portano la polvere,
galoppano, volano, ma non lasciano traccia.
Ben felice colui che là può a quest’ora
sentire in questo riquadro, la maestà!
Di sotto - il mare in cima - il firmamento…
E nel mare e nel cielo - l’immensità!
Oh! Che dolce armonia mi porta la brezza!
Che musica soave in lontananza risuona!
Mio Dio! Come è sublime un canto ardente
sulle onde che flottano qua e là senza fine!
Uomini di mare! I rudi marinai,
usti dal sole dei quattro mondi!
Creature che la burrasca dondola
nella culla di questi pèlaghi fondi!
Aspetta! Aspetta! Lascia che io beva
questa selvaggia, libera poesia.
Orchestra - è il mare che rugge dalla prora,
e il vento che sibila tra le corde…
………………………………………..
Perché fuggi così barcone leggero?
Perché fuggi dal pavido poeta?
Oh! Come potrei accompagnarti la scia
che semini in mare – folle cometa!
Albatro! Albatro! Aquila d’oceano,
tu che dormi dentro le garze delle nuvole
scrolla le pene, Leviatano dello spazio!
Albatro! Albatro! Dammi queste ali.
II
Che importa al nauta della culla,
di dove è figlio, qual il suo focolare?
Ama la cadenza del verso
che gli insegna il vecchio mare!
Canta! Che la morte è divina!
Scorre il brigantino la bolina
come un veloce golfino.
Presa all’albero di mezzana
la nostalgica bandiera accenna
alle onde che lascia dietro.
Degli Spagnoli le cantilene
dimenanti di languore,
ricordano le fanciulle morene,
le andaluse in fiore!
Dell’Italia il figlio indolente
canta Venezia dormiente
- Terra d’amore e tradizione
o nel grembo del golfo
rammenta i versi del Tasso
insieme alle lave del vulcano!
L’Inglese – marinaio freddo,
che si trovò a nascere in mare
(perché l’Inghilterra è una nave,
che Dio nella Manica ancorò),
aspero intona patrie glorie,
ricordando orgoglioso storie
di Nelson e di Abukir…
Il Francese – predestinato –
canta gli allori del passato
e gli allori del futuro!
I marinai ellenici
che l’onda ionica creò,
pirati belli e mori
del mare che Ulisse attraversò,
uomini che Fidia rintagliava,
vanno cantando nella notte chiara
versi che Omero sospirò…
Nauti di tutte le plaghe
voi sapete trovare nelle onde
la melodia del cielo!…
III
Discendi dallo spazio immenso, o aquila d’oceano!
Discendi ancora…ancora un po’…non può lo sguardo umano
come il tuo gettarsi sul brigantino volante!
Ma che vedo io là…Che quadro d’amarezza!
È un canto funereo!...Che tetre figure!...
Che scena vile e infame…Mio Dio! Mio Dio! Che orrore!
IV
Era un sogno dantesco…il cassero
che dalle lucerne arrossisce il brillo.
Nel sangue si bagna.
Tintinnio di ferri…schioccar di frusta…
Legioni di uomini negri come la notte,
orridi a danzare…
Donne negre, con tette sospese
magre creature, le cui bocche nere
irrora il sangue delle madri:
altre fanciulle, più nude e spaventate,
nel turbinio di spettri vacillate,
in ansia e angoscia vane!
E ride l’orchestra ironica, stridente…
e dalla ronda fantastica un serpente
s’aderge in folli spirali…
Se il vecchio ansima, se a terra scivola
si sentono grida…la frusta crepita.
E volano ancora e ancora…
Presa negli anelli di una sola catena,
stordisce la moltitudine affamata,
e piange e là danza!
Uno di rabbia delira…un altro impazzisce,
un altro, che il martirio ha sfigurato,
cantando, geme e ride!
Nel frattempo il capitano ordina la manovra,
e dopo, fissando il cielo che si spiega
così puro sopra il mare,
dice dal fumo di dense nebbie:
“ Vibrate aspra la frusta, marinai!
Fateli danzare di più!..”
E ride l’orchestra ironica, stridente…
e dalla ronda fantastica un serpente
s’aderge in folli spirali…
Quale un sogno dantesco volano le ombre!...
Grida, dolori, maledizioni, suppliche risuonano!
E Satana ride!...
V
Signore Iddio dei disgraziati!
Ditemi Voi, Signore Iddio!
Se è follia…se è verità
tanto orrore innanzi ai cieli?!...
Il mare, perché non cancella
con la spugna delle tue onde,
del tuo mantello, questa aberrazione?...
Astri! Notti! Tempeste!
Precipitate dalle immensità!
Spazza i mari, tifone!...
Chi sono questi disgraziati
che incontrano in Voi
non più che un riso calmo della turba
che eccita la furia del carnefice?
Chi sono?...Se la stella silenzia,
se l’onda la fretta scorre
come un complice fugace,
innanzi alla notte confusa…
Dimmelo tu, severa Musa,
Musa liberissima, audace!...
Sono i figli del deserto,
dove la terra sposa la luce.
Dove vive in campo aperto
la tribù degli uomini nudi…
Sono i guerrieri audaci
che con le tigri striate
combattono in solitudine.
Ieri semplici, forti, coraggiosi.
Oggi miseri schiavi,
senza luce, senza aria, senza ragione…
Sono donne infelici,
come anche Agar fu infelice.
Che assetate, stremate,
da lontano…ben lontano vengono…
portando con passi tiepidi
figli e monili nelle braccia,
nell’anima – lacrime e fiele…
Come Agar soffrendo tanto
che né il latte del pianto
aveva da dare ad Ismaele.
Là nelle sabbie infinite,
nella regione delle palme,
nacquero bellissimi bambini,
vissero fanciulle gentili…
Passa un giorno la carovana,
mentre la vergine nella capanna
s’adonta nei veli della notte…
…Addio al rifugio del monte!...
…Addio, fonte di palme!...
Addio, amori…addio!...
Dopo, le sabbie estese…
Dopo, l’oceano di polvere.
Dopo, nell’orizzonte immenso,
deserti…solo deserti…
E la fame, la fatica, la sete…
Ah! Quanto infelice chi cede,
e cade per non alzarsi più!…
Vaga per qualche luogo, in catene,
ma lo sciacallo sopra la sabbia
ritrova un corpo che roda.
Ieri la Sierra Leone,
la guerra, la caccia al felino
il sonno dormito qua e là
sotto tende d’amplitudine!
Oggi…la stiva nera, fonda,
infetta, angusta, immonda,
con la peste a macchia di giaguaro…
e il sonno sempre mozzato
dal terrore di una morte
e il tonfo di un corpo in mare…
Ieri piena libertà,
il desiderio di potere…
Oggi…cumulo di malvagità,
né sono liberi di morire…
Presi nella stessa corrente
- ferreo, lugubre serpente –
nelle maglie della schiavitù.
E così beffando la morte,
danza la lugubre coorte
al suono dell’acuta….Irrisione!...
Signore Iddio dei disgraziati!
Ditemi Voi, Signore Iddio,
se io deliro…o se è verità
tanto orrore innanzi al cielo?!...
Il mare, perché non cancella
con la spugna delle tue onde,
del tuo mantello, questa aberrazione?...
Astri! Notti! Tempeste!
Precipitate dalle immensità!
Spazza i mari, tifone!...
VI
Esiste un popolo che presta la bandiera
per coprire tanta infamia e codardia!...
E lascia che si trasformino in questa festa
nel manto impuro di freddo baccante!...
Mio Dio! Mio Dio! Ma che bandiera è questa,
che impudente tripudia dalla vela di gabbia?
Silenzio. Musa…piangi, e piangi tanto
che il padiglione si lava nel tuo pianto!...
Verde oro bandierina della mia terra
che la brezza del Brasile bacia e ondeggia,
stendardo che la luce del sole rinchiude
e le promesse divine di speranza…
tu che, alla libertà durante la guerra
fosti inastata dagli eroi sulla lancia
prima che ti avessero distrutto in battaglia,
quando servivi a un popolo come sudario!...
Atroce fatalità che ingiuria la mente!
Estingui questa volta il brigantino immondo,
il trillo che Colombo aprì nelle onde,
come un iris nel pelago profondo!
Ma l’infamia è troppa!...Dall’eterea plaga
alzatevi eroi del Nuovo Mondo!
Andrada! Getta in aria questa bandiera!
Colombo! Sigilla la porta dei tuoi mari!
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